sábado, 25 de abril de 2015

02 centavos - Menina do Poeta

Inspirado por romances por carta surgiu essa música. Costumo dizer que hoje é uma Menina que virou senhora.

Menina do Poeta

(Drausio)

Enche a cabeça e o copo
De um líquido
Distorce palavra e ação
Deslize a navalha na face
E trace entre linhas a bela canção
O rosto macio a pele
Cabelos até o coração
Beleza nos olhos do poeta
Palavras passadas ao papel
A sua presença em carta
Aumenta a saudade
Meu sonho
Meu véu

A linha ondulante bordando sua face
Cortando vestindo seu rosto ao meu
O que fazes da vida, mendigas palavras
O que diz o poeta ao papel
Rouba na mente a certeza e a gente
Detalhas tudo que faz

Me intrica no sonho e no sono
Me envolve de forma
De quem já foi mais
Me encanta e ja neste canto
Me calo no entanto
Palavras atrás
Discorda do que já me disse
Existe silêncio entre nós
Relíquias num trago
Num traço
Indago, desfaço
Te gosto demais

Alinho a tristeza diante as estrelas
Te tomo, te trago na sua grandeza
O que fazes da vida, mendigas palavras
O que diz o poeta ao papel
Rouba na mente a certeza da gente
Me engole em tudo que faz




domingo, 12 de abril de 2015

01 centavo - História do Xúúúú!

Meu pai contava essa História quando éramos criança e um dia na Reverendo 133 eu e o Douglas resolvemos fazer esta música recontando essa História. A brincadeira rendeu o primeiro lugar no festival do Ceneart na década de 80, não lembro bem se 81 ou 82, na época com a Banda Trocadilho antecessora ao Subtotal.

História do Xú
(Douglas/Dráusio)

"Adiscendo" a ribanceira 
La perto da minha casa
Tropiquei naco de ferro
Me "alumiô" a ideia
Vou fazer uma bicicleta.

Acontece que esse ferro 
Não tinha nem qualidade
Não saiu a bicicleta
Era podre de verdade
Eu então mudei meus planos
Vou fazer uns três pianos

Acontece que esse ferro
Era um ferro fajuto
"Acheguei" perto do fogo
Não durou nenhum minuto
"Dantanhei" a rapadura
Vou fazer uma ferradura

Esse ferro era pouquinho
Não deu nem pra ferradura
Mas seu moço eu não me entrego
Eu agora faço um prego

Eita  ferrinho danado
Tem "catiça" de urubu
Como já to "perriado"
Eu agora faço um Xú

Lá no fim da ribanceira
Tem o rio caruru
Dei com o ferro quente n'agua
E o danado então fez Xúúúúú