segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Patinho feio


Quando eu te vi era feio
Maior ator
Assim como o Cristo Redentor
Braços abertos pro sol
Jubas como um leão
Cantor de boate
Quem sabe a primeira paixão

Quando eu te quis era feio

Rapaz sem paz
País indicado por timidez
Revólver sem bala sem dor
Escravo da tua beleza
Vazio sem teu amor


E hoje quando és luz
Flutuas em versos meus
E fecho os meus braços nos teus
Se sou leão sou fogo
Mas por ti eu me derreto
És dona do meu amor
Sou ator

E hoje que a tenho comigo
Sou lindo bonito
Trajando do seu carinho
Vagando em nosso caminho
Me sinto feliz


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu odeio dormir sozinho


Eu odeio dormir sozinho

Odeio rodar na cama sem esbarrar em ninguém
e ficar sem dormir de conchinha

Odeio acordar com o silêncio
E não te ouvir respirar.

Te procurar esticando a mão pro lado sem me virar
Descobrir que o sonho é só sonho ao não te tocar

Não ter de quem roubar a coberta
Poder perder a hora certa

Me esquentar só com o cobertor
Não ganhar cafuné nem remédio pra dor

Te esperar por horas e horas
e ter de dormir sem ter pra quem roncar

Não ser acordado por um beijinho ou um carinho
E sim por este maldito despertador.

ah!

Eu odeio dormir sozinho!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

paixão



Lento
volto a tona,
deslizo!
quase não caio.
distraio!
sem me conter.
confesso!
só pode ser.
canto sim!
bem sei
te ler.
eu vivo!

domingo, 7 de setembro de 2008

Cegueira


Quando eu olho pra você
E não me vejo
Vem aquela angustia
Pois não adianta por os óculos

Passo os dias sozinho
Na companhia do meu desejo
Imaginando que este vazio
Me acompanha por séculos

Mas que bobagem minha
Que não enxergar
Me tirou o cérebro

Já não sinto o doce do seu perfume
Já não sinto o gosto da sua boca
Já não sinto o macio da sua pele
Tudo isso porque não enxergo.